Por Marco Moraes
Não, não falaremos sobre a previsão do tempo, falaremos de um outro tipo de nuvem, aquela que armazena nossos dados, mas que ninguém sabe onde fica (Mais ou Menos!!). O conceito de Cloud Computing ou computação em Nuvem, por incrível que pareça não é uma coisa tão nova assim. Isso porque em 1961 John McCarthy, inventor do termo “inteligência artificial”, e Joseph Carl Robnett Licklider, já falavam no meio acadêmico sobre Cloud Computing, inicialmente chamado de “Utility Computing”.
Mas no ano 2000, quando todo mundo esperava o fim da humanidade com profecias catastróficas e o bug do milênio, eis que surge o armazenamento baseado em nuvem e a computação baseada em nuvem, comercializada pela até então desconhecida Amazon.
Em 2008 foi a vez da Google lançar seus primeiros serviços em nuvem e em 2009 a Microsoft lança a Azure. Anos depois, outras gigantes da área de TI como HP e Oracle também disponibilizam serviços na cloud. Desde o seu lançamento nos anos 2.000, estes serviços têm crescido de forma exponencial, fazendo com que empresas como Amazon, Google e Azure faturem dezenas e até bilhões de dólares por ano.
Quando falamos de Cloud Computing existem 3 siglas muito comuns relacionadas aos serviços em nuvem. Estas não são as únicas, mas as mais comuns e abordaremos de forma simples cada uma delas:
IaaS – Infrastructure as a Service (Infraestrutura como Serviço):
É a contratação de sua infraestrutura, com uma vantagem muito interessante ao modelo tradicional, ao invés de comprar servidores, roteadores, racks e outros hardwares, aqui você é tarifado por alguns fatores, como o número de servidores virtuais, quantidade de dados trafegados, dados armazenados e outros itens, este modelo de cobrança é conhecido também como pay-per-use, onde a cobrança é baseada no serviço e não em produto, ou seja, se você precisar de 5 servidores para o próximo mês, ou dias, ou horas, ou até minutos, você contrata a utilização destes servidores pelo período determinado e depois, simplesmente cancela a utilização.
SaaS – Software as a Service (Software como Serviço):
É um modelo onde a aquisição e/ou utilização de um software não está relacionado a compra de licenças, ou seja, você utiliza algum software e paga por sua utilização. Como exemplo, temos a Netflix, Office 365 ou Spotify.
PaaS – Platform as a Service (Plataforma como Serviço):
Aqui temos um modelo que fica entre o SaaS e IaaS, proporcionando uma plataforma mais robusta para a utilização de muitos recursos de tecnologia, permite utilização de softwares de maneira mais flexível, sendo possível desenvolver suas próprias aplicações baseadas em alguma tecnologia (framework, linguagem etc.) e utilizar a infraestrutura necessária. Por exemplo temos Cloud Sql que é uma solução da Google que utiliza MySQL e PostgreSQL no gerenciamento de dados estruturados.
Ok, mas aí você pode estar se perguntando, o que isto me interessa? Eu tenho minhas fotos na Google Photos ou na iCloud e estou feliz e satisfeito. O que a Sonner tem a ver com isso? Nossos sistemas estão rodando nos servidores das prefeituras e câmaras, algumas vezes em alguns locais, digamos, não tão ideais, com um “pouco” de poeira, sem no-breaks, e para que no-breaks? A energia raramente cai, não é mesmo?
Se vocês têm acompanhado os artigos SonnerNews certamente leram a respeito de diversas tecnologias como Microsserviços, Containers, Angular entre outras. Os sistemas Sonner ao longo dos anos vem se modernizando, utilizando ferramentas de última geração no desenvolvimento de seus softwares e aplicativos, acompanhando os grandes players do mercado, como por exemplo a Google. Tanto é verdade que a AWS e Google travaram uma disputa comercial para serem a Cloud Provider dos sistemas GRP Sonner Web e após alguns meses de intensas reuniões, a Google Cloud Plataform (GCP) foi a escolhida como a nossa parceira em Cloud.
Estamos aos poucos migrando nossos clientes para o ambiente em nuvem. Atualmente temos 3 clientes já rodando 100% na GCP: a Prefeitura de Andradas, a Prefeitura de Frutal e a Prefeitura de Santa Vitória. Muito em breve teremos novidades de outros municípios aderindo à computação em nuvem, além do lançamento da nova versão do nosso aplicativo GRP Mobile, mas isso já é assunto para outra Sonner News…
